sábado, 31 de outubro de 2015

Um evento histórico: homenagem a Luiz Gama

Nos próximos dias 03 e 04 de novembro, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, será realizada cerimônia em que O CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL INSCREVERÁ OFICIALMENTE LUIZ GAMA NOS QUADROS DA ADVOCACIA NACIONAL! Por Dennis Oliveira, no Quilombo Finalmente, após 133 anos de sua morte, nosso maior advogado receberá o justo reconhecimento da instituição que representa advogados e advogadas de todo o País. Luiz Gama, negro nascido em 1830, chegou a ser escravizado. Chegando à São Paulo, conseguiu a liberdade, tornando-se depois importante jornalista, poeta e militante político de posições republicanas e abolicionistas. Tentou formar-se advogado na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, mas apesar de formalmente livre, o racismo não permitiu. Ainda assim, Luiz Gama tornou-se advogado provisionado, com autorização para atuar nos tribunais em defesa de escravos que lutavam por liberdade. Com teses brilhantes e atuação combativa libertou centenas de escravos, tornado-se exemplo ímpar do exercício da advocacia. As inscrições para o evento precisam ser feitas por dia e por período, ou seja, quem quiser participar do evento todo, precisa fazer 4 inscrições. Para os mackenzistas, haverá o sistema PAI para presença e serão atribuídas até 08 horas de pesquisa para quem participar de pelo menos 50% do evento e entregar artigo científico. Contamos com a participação de todos e todas, de dentro e fora do Mackenzie, pois é uma homenagem a alguém cuja vida deve servir de inspiração para muitas gerações! Abaixo, a programação: LUIZ GAMA: Idéias e Legado do lider abolicionista Local: Universidade Presbiteriana Mackenzie – Auditório Ruy Barbosa 1º DIA – 03/11 (terça-feira) Manhã 09:30– 11:00 – Conferência: O legado de Luiz Gama Conferencista: Professor Dr. Silvio Almeida (UPM) 11:00 – Ato: caminhada ao túmulo do Luiz Gama no cemitério da consolação (leitura de poema – convidado a confirmar) Inscrições: http://www3.mackenzie.com.br/eventos/index.php?evento=2405 Noite 19:00 -21hs – Cerimônia de entrega do título de advogado a Luiz Gama e leitura do relatório da Comissão da Verdade sobre a Escravidão Negra da OAB Federal. Inscrições: http://www3.mackenzie.com.br/eventos/index.php?evento=2406 2º DIA – 04/11 (quarta-feira) Manhã 09:30 – 11:00 -MESA – Escravidão e formação econômica: Professor Dr. Dennis de Oliveira (ECA/USP), Professor Dr. Márcio Farias (Museu Afro-brasileiro) – Mediação: Professora Alessandra Benedito (UPM) 11:00 – 12:30 MESA –Direitos sociais e estrutura – Professor Dr. Adilson José Moreira (UPM) e Professora Dra. Dulce Maria Senna (USP) . Mediação: Professora Bruna Angotti Inscrições: http://www3.mackenzie.com.br/eventos/index.php?evento=2407 Noite 19:00 – 20:30 MESA – Segurança Pública e População Negra – Gabriel Sampaio (Secretário de Assuntos Legislativos SAL/MJ), Professor Dr. Humberto Fabretti (UPM). Mediação: Tamires Gomes Sampaio Inscrições: http://www3.mackenzie.com.br/eventos/index.php?evento=2408 Tags: Luis Gama · Patrimônio Cultural Leia a matéria completa em: Um evento histórico: homenagem a Luiz Gama - Geledés http://www.geledes.org.br/um-evento-historico-homenagem-a-luiz-gama/#ixzz3q9jAopJK Follow us: @geledes on Twitter | geledes on Facebook

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Duas pessoas morrem de AVC por dia na região

No Estado, a enfermidade é responsável pela média de 35 internações diárias pelo Sistema Único de Saúde Tonturas, cefaleia, vômitos, perda da força muscular e da sensibilidade de um lado do corpo são alguns dos sintomas da segunda enfermidade mais letal para idosos em todo o mundo. Mas, além de atingir e causar óbito nesta faixa etária, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) também afeta pessoas mais jovens e pode provocar uma série de sequelas. Na região, o AVC foi responsável por duas mortes a cada dia em todo o ano de 2013, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Hoje, é celebrado o Dia Mundial de Combate à enfermidade, data que volta as atenções para a prevenção em todas as fases da vida. Conforme a médica neurologista Carla Helisa Calcagnotto, os principais fatores de risco do AVC são idade, raça, hereditariedade, hipertensão arterial sistêmica, diabete melito, dislipidemia, arritmia cardíaca, uso de álcool e tabagismo. "Para minimizar as chances de ter um AVC é importante adotar hábitos de vida saudáveis,. Evitar o consumo regular de bebidas alcoólicas, não fumar, praticar atividade física regularmente e realizar consultas médicas clínicas periódicas", destaca. Em todo o mundo, o ataque atinge aproximadamente 16 milhões de pessoas todos os anos. Segundo projeções baseadas nos dados do Ministério da Saúde, cerca de 60% dos quase 285 mil brasileiros acometidos pela enfermidade sobrevivem. Destes, quase 50% desenvolvem alguma sequela. Só no Rio Grande do Sul, em 2014, foram mais de 13 mil casos de internação decorrentes do ataque registrados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em média 35 por dia. Dica é evitar os fatores de risco Um dos principais fatores que pode levar a um AVC é a presença de hipertensão arterial sistêmica. Para identificá-la, são recomendados exames laboratoriais de glicemia de jejum, colesterol e triglicerídeos. Conforme a médica neurologista Carla Helisa Calcagnotto, a prevenção das doenças cerebrovasculares consiste na identificação e correção dos fatores de risco, ou seja, controle da hipertensão arterial sistêmica, tratamento de cardiopatias, controle dos níveis de colesterol, triglicerídeos e glicemia, evitar o fumo, alcoolismo, estresse, obesidade e sedentarismo. "Existem fatores de risco não tratáveis, como a idade, o sexo, a raça e a hereditariedade. Mas há hábitos que precisam ser adotados ao longo de toda a vida para evitar o AVC, como não fumar, não fazer uso regular de bebida alcoólica, realizar atividade física regularmente, controlar a dieta alimentar e evitar o consumo excessivo de sal, açúcar e gordura". orienta. SEQUELAS PODEM VARIAR Muitas pessoas ficam com sequelas após sofrer um AVC. Cada efeito vai variar de acordo com a localização da lesão isquêmica ou hemorrágica. Conforme Carla Helisa Calcagnotto, as sequelas mais comuns são perda de força muscular ou sensibilidade em um lado do corpo, dificuldade para articular ou expressar a fala, crises epilépticas e dificuldade de deglutição. "O tratamento eficaz depende da agilidade na identificação dos sintomas. A precocidade do tratamento inicial minimiza a sequela neurológica", explica. Conforme a médica neurologista Carla Helisa Calcagnotto, a prevenção das doenças cerebrovasculares consiste na identificação e correção dos fatores de risco, ou seja, controle da hipertensão arterial sistêmica, tratamento de cardiopatias, controle dos níveis de colesterol, triglicerídeos e glicemia, evitar o fumo, alcoolismo, estresse, obesidade e sedentarismo. Apoio da família Em junho deste ano, enquanto assistia a uma missa, Dali Natal (na foto, com a esposa), 86 anos, teve o primeiro sintoma de AVC. Hipertenso, ele começou a sentir uma dormência no lado direito do corpo e foi atendido por uma ambulância. Poucos dias depois, teve todo o lado direito do corpo paralisado, decorrente de um AVC isquêmico. Após quatro meses, ele já apresenta sinais de melhora, conseguindo dar passos com auxilio de um andador, graças às sessões de fisioterapia. Sua filha Sonia Regina Natal, 57 anos, é técnica em enfermagem, e destaca que o apoio da família é fundamental para a recuperação. "É preciso ter murta paciência, carinho e atenção", comenta a filha SAIBA MAIS Para saber se alguém está sofrendo um AVC, é preciso pedir que a pessoa sorria, levante os dois braços e diga uma frase simples. Caso o sorriso fique torto, um dos braços caia e ela não consiga repetir a frase, não necessariamente os três sintomas, provavelmente esta pessoa está sofrendo um AVC e deve ser encaminhada imediatamente para um hospital. Fonte: Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) TIPOS Existem duas formas de AVC e cada uma requer um tratamento específico. O tipo mais comum, que responde por 85% dos casos, é o AVC isquêmico (quando há entupimento da artéria por um coágulo). O outro é o hemorrágico, presente na ruptura de um vaso sanguíneo. Em ambos, a parte do cérebro afetada não recebe o oxigênio necessário e neurõnios começam a morrer. Os sintomas são os mesmos. O tratamento dependerá do tipo de AVC: enquanto o isquêmico requer a dissolução do coágulo com remédios trombolíticos, no hemorrágico esta conduta é contraindicada. Há AVCs mais leves, nos quais os sintomas são quase imperceptíveis, o que leva o paciente a não procurar ajuda médica. Essa atitude é reprovada por especialistas. "É importante procurar tratamento, pois o paciente pode sofrer outro AVC mais forte em decorrência do que não recebeu tratamento", afirma o neurologista Marcel Simis, do Instituto de Medicina Física e de Reabilitação da Universidade de São Paulo (USP). 29/10/2015 Jornal NH Política | Pág. 6 Clipado em 29/10/2015 05:10:46

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Vocês nos devem até a alma”

Vocês nos devem até a alma” Semana passada um vídeo com uma intervenção em uma sala de aula na USP viralizou. Nele vemos o destemido papo reto de uma integrante do coletivo negro responsável pelo ato. Ao longo do vídeo, motivado por uma série de pichações racistas em um banheiro da unidade, ouvimos reivindicações por respeito e condenações aos alunos e à sociedade branca que se calam diante de repetidos atos discriminatórios. Dentro e fora da universidade. E como era de se esperar essa afronta aos herdeiros da Casa Grande não ficou impune. Capatazes virtuais prontamente devassaram a vida das três meninas e as expuseram na nova praça de repúdio público: o Facebook. Por LEOPOLDO DUARTE, no Os Entendidos A fala, sem meios termos, da representante negra causou maior indignação do que com as pichações de julho que tudo motivaram. Frases como: “preto deve morrer”, “preto é escravo” e “fora macacos lugar de negro é na senzala” produziram pouquíssimas manifestações além das vistas na blogsfera antirracismo. O fato de três mulheres negras terem tido “a petulância” de entrar numa das instituições mais tradicionais do país, para problematizar um sistema “meritocrático” — que desde sua fundação garante cota majoritária de vagas a eurodescendentes —, provocou uma comoção extremamente desproporcional quando se compara ao vandalismo racista que acabou passando em branco. O grupo ofendido, ao gritar um “basta” virou alvo de novas agressões. Porém, de todo o discurso, a fala que mais gerou incômodo foi: “Vocês nos devem até a alma”. Inúmeros memes e piadas foram feitas a partir da interpretação mais superficial disso. Não só porque pessoas brancas se recusam a aceitar qualquer responsabilidade pelo legado racista de seus antepassados que, ainda hoje, as coloca numa posição de superioridade estética, moral e intelectual em relação as demais etnias, como também porque pessoas brancas — e embranquecidas —, comodamente se esquecem de que a história desse opressão teve início com a argumentação de que pessoas negras não seriam seres humanos por não possuírem “alma”. Ou seja, além da incomensurável dívida, moral e econômica, que a sociedade branca tem com a população negra, a história nos diz que europeus também roubaram as almas de africanos. Visto que toda riqueza e luxo construídos no Brasil se deram — e ainda se dão — às custas do sacrifício e exploração de vidas negras, é de se espantar que essa multidão que defende ou se julga a elite intelectual do país apresente tamanha dificuldade em reconhecer essa dívida histórica. Parece haver um enorme clarão no quesito história brasileira do povo negro. Um lapso de memória sobre o débito que os governos europeus e das Américas têm com o continente e as vidas que saquearam e vilipendiaram em nome do “progresso” da civilização européia. Talvez todos esses revoltados tenham se esquecido de que após séculos de abusos dos mais cruéis, ao término da escravidão, o governo brasileiro não indenizou os ex-escravos, mas sim os ex-senhores de escravos pelo prejuízo gerado. Antes que alguém venha usar o Holocausto judeu para falar que exigir qualquer tipo de recompensação é vitimismo, sugiro a leitura desse texto sobre as medidas tomadas pelo governo alemão na tentativa arcar com a responsabilidade histórica do nazismo. Obviamente dinheiro nenhum será suficiente para ressarcir todo o sofrimento causado, mas o esforço se torna válido por punir, mesmo que simbolicamente, a sociedade por trás dos governantes oficiais. Caso não tenha ficado evidente até agora, há sim uma dívida real do estado e da sociedade brasileira com todos os descendentes de africanos escravizados. Não apenas porque muito se lucrou com a escravização e a animalização desses antepassados negros, mas também por uma questão de justiça. Vale lembrar também que se hoje existe uma lei de cotas em universidades para pessoas negras não foi por um gesto de consciência e generosidade do estado brasileiro, mas sim porque militantes negros reivindicaram politicamente esse tipo de ação afirmativa. Cotas raciais representam o início de uma retratação há muito adiada e ignorada. Simbolizam o começo de um longo caminho até que descendentes de africanos escravizados e o resto da sociedade, um dia, desfrutem de oportunidades iguais de sucesso, já que o racismo faz com que pessoas brancas com a mesma formação de seus colegas negros, estatisticamente, recebam 47% a mais que estes. No entanto, apesar da lei das cotas em universidades ser uma conquista já legalizada, demonstrações de ignorância histórica e racismo como as observadas em relação ao vídeo/protesto e a relutância de parte da população em relação a elas revelam que a inserção legal de pessoas negras em ambientes, antes exclusivos à elite branca, ainda causam enorme incômodo. As pichações racistas, que têm se tornado cada vez mais comuns em universidades públicas e particulares, e o silêncio coletivo diante delas, acabam, portanto, exemplificando a enorme distância entre o discurso de democracia racial e a aceitação das medidas legais que garantem a concretização desse ideal a longo prazo. Por fim se faz necessário ressaltar que não adianta utilizar as viagens ao exterior de uma das ativistas do vídeo para desqualificá-la como oprimida. Sistemas de opressão não requerem escolhas individuais para funcionar e nem tampouco exceções inabilitam as regras. Independente de uma pessoa negra ter boas condições econômicas ou ter sido eleita presidente da maior potência bélico-financeira do mundo, o racismo oprime todas democraticamente. Até aquelas pessoas negras que teimam em acreditar que vivemos num país de não racistas. Até porque racismo parte da discriminação por fenótipo e não por classe social. #OChoroÉLivre Tags: casos de racismo • meritocracia • USP Leia a matéria completa em: "Vocês nos devem até a alma" - Geledés http://www.geledes.org.br/voces-nos-devem-ate-a-alma/#ixzz3prgG1Irq Follow us: @geledes on Twitter | geledes on Facebook Publicado há 24 horas - em 27 de outubro de 2015 » Atualizado às 10:31 Categoria » Casos de Racismo Leia a matéria completa em: "Vocês nos devem até a alma" - Geledés http://www.geledes.org.br/voces-nos-devem-ate-a-alma/#ixzz3prfcpMzo Follow us: @geledes on Twitter | geledes on Facebook

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

10 histórias de mulheres revolucionárias que você não aprendeu na escola

Publicado há 1 dia - em 22 de outubro de 2015 » Atualizado às 10:28 Categoria » Questões de Gênero 83010001 Algumas armadas com rifles, outras armadas com a caneta: 10 mulheres que lutaram muito por algo em que acreditavam e que provavelmente nunca serão estampadas em uma camiseta Por Whizzpast | Tradução: Vinicius Gomes, da Revista Fórum Todo o mundo conhece homens revolucionários como Che Guevara, mas a história geralmente tende a polir as contribuições de mulheres revolucionárias que sacrificaram seu tempo e suas vidas na luta contra sistemas e ideologias burguesas. Apesar dos falsos conceitos a respeito, existiriam milhares de mulheres que participaram em revoluções ao longo da História, com muitas delas exercendo papéis cruciais. Elas podem vir de diferentes espectros políticos, algumas armadas com rifles e outras armadas com nada além da caneta, mas todas lutaram muito por algo em que acreditavam. Abaixo estão 10 exemplos dessas mulheres revolucionárias de todas as partes do mundo, que provavelmente nunca serão estampadas em uma camiseta. Nadezhda Krupskaya Muitas pessoas conhecem Nadezhda Krupskaya apenas como a companheira de Vladimir Lênin, mas Nadezhda foi uma política e revolucionária bolchevique graças a seus próprios esforços. Ela estava imensamente envolvida em uma variedade de atividades políticas e projetos educacionais – inclusive servindo como Ministra Interina da Educação na União Soviética de 1929 até sua morte, em 1939. Antes da revolução, ela serviu como secretária do jornal político Iskra, gerenciando toda a correspondência que atravessava o continente europeu, muita das quais tinham que ser codificadas. Depois da revolução, ela dedicou sua vida à melhora nas oportunidades educacionais para trabalhadores e camponeses, como por exemplo, sua luta para tornar as bibliotecas disponíveis para toda a população. Constance Markievicz Constance Markievicz (nome de solteira, Gore-Booth) foi uma condessa anglo-irlandesa revolucionária, nacionalista, sufragista, socialista e membro dos partidos políticos Sinn Féin e Fianna Fáil. Ela participou de inúmeros esforços para a independência da Irlanda, incluindo a Revolta da Páscoa, em 1916, onde teve um papel de liderança. Durante o levante, ela feriu um franco-atirador britânico antes de ser forçada a recuar e se render. Por consequência, foi a única mulher entre os 70 prisioneiros que foram confinados em solitária. Ela foi sentenciada à morte, mas acabou sendo perdoada por ser mulher. O promotor de acusação alegou que ela chegou a implorar, dizendo “Eu sou apenas uma mulher, você não pode atirar em uma mulher”. Todavia, os registros da corte mostram que ela, na verdade, disse: “Eu realmente queria que a sua laia tivesse a decência de atirar em mim”. Constance foi uma das primeiras mulheres no mundo a conseguir uma posição ministerial (Ministra do Trabalho da República Irlandesa, 1919-1922), e foi também a primeira mulher eleita para a Câmara dos Comuns em Londres (dezembro de 1918) – uma posição que ela rejeitou devido à política de abstenção do partido irlandês, Sinn Féin. Petra Herrera Durante a Revolução Mexicana, as combatentes femininas conhecidas como soldaderas entram em combate ao lado dos homens, apesar de elas frequentemente enfrentarem abusos. Uma das mais conhecidas das soldaderasfoi Petra Herrera, que se disfarçou de homem e passou a se chamar “Pedro Herrera”. Como Pedro, ela estabeleceu sua reputação ao demonstrar liderança exemplar (assim como por explodir pontes) e terminou por se revelar como mulher. Ela participou da segunda batalha de Torreón, em 30 de maio de 1914, junto de outras 400 mulheres, até mesmo sendo aclamada por algumas por merecer todo o crédito pela vitória na batalha. Infelizmente, Pancho Villa não estava disposto a dar esse crédito a uma mulher e não a promoveu para “general”. Em resposta, Petra abandonou as forças de Villa e formou sua própria brigada composta só de mulheres. Nwanyeruwa Nwanyeruwa, uma nigeriana da etnia Ibo, foi a responsável por uma curta guerra que geralmente é considerada o primeiro grande desafio da autoridade britânica no oeste da África, durante o período colonial. Em 19 de novembro de 1929, ocorreu uma discussão entre Nwanyeruwa com um oficial de censo chamado Mark Emereuwa por tê-la mandado “contar suas cabras, ovelhas e família”. Compreendendo que isso significava que ela seria taxada (tradicionalmente, as mulheres não pagavam impostos), ela discutiu a situação com outras mulheres e protestos, cunhados de Guerra das Mulheres, passaram a ocorrer ao longo de dois meses. Cerca de 25 mil mulheres de toda a região se envolveram nas manifestações, protestando tanto contra as mudanças nas leis tributárias, como pelo poder irrestrito das autoridades. No final, a posição das mulheres venceu, com os britânicos abandonando seus planos de impostos, assim como a renúncia forçada de muitas autoridades do censo. Lakshmi Sehgal Lakshmi Sehgal, coloquialmente conhecida como “Capitã Lakshmi”, foi uma revolucionária no movimento de independência da Índia, uma oficial do exército nacional indiano e, depois, Ministra dos Assuntos para Mulheres no governo Azad Hind. Na década de 1940, ela comandou o regimento Rani de Jhansi – um regimento composto apenas por mulheres que visavam derrubar o Raj britânico na Índia colonial. O regimento foi um dos poucos que tiveram combatentes apenas de mulheres na Segunda Guerra Mundial, em ambos os lados, e foi nomeado assim por conta de outra revolucionária feminina na Índia, chamada Rani Lakshmibai, que foi uma das figuras líderes da Rebelião Indiana em 1857. Sophie Scholl A revolucionária alemã Sophie Scoll foi uma das fundadoras do grupo de resistência não-violenta antinazista, chamado a Rosa Branca, que promovia a resistência ativa ao regime de Adolf Hitler por meio de uma campanha anônima de panfletagem e grafite. Em fevereiro de 1943, ela e outros membros do grupo foram presos por entregarem panfletos na Universidade de Munique e sentenciados à morte por guilhotina. Cópias dos panfletos, re-entitulados “O Manifesto dos Estudantes de Munique”, foram contrabandeados para fora do país para serem lançados, aos milhões, por aviões das forças Aliadas por toda a Alemanha. Blanca Canales Blanca Canales foi uma nacionalista porto-riquenha que ajudou a organizar a “Filhas da Liberdade” – ala feminina do Partido Nacionalista Porto-Riquenho. Ela foi uma das poucas mulheres na história a liderarem uma revolta contra os EUA, no que ficou conhecido como o Levante Jayuya. Em 1948, uma severa lei de restrição, conhecida como a Lei da Mordaça, ou Lei 53, em que se criminalizava a impressão, publicação, venda ou exibição de qualquer material que tencionava paralisar ou destruir o governo da ilha. Em resposta, os nacionalistas passaram a planejar uma revolução armada. Em 30 de outubro de 1950, Blanca e outros pegaram as armas que tinham escondido em sua casa e marcharam para dentro da cidade de Jayuya, tomando a delegacia, queimando o posto de correio, cortando as linhas telefônicas e hasteando a bandeira de Porto Rico, em desafio à Lei 53. Como resultado, o presidente norte-americano declarou lei marcial e ordenou que o exército e a força aérea atacassem a cidade. Os nacionalistas agüentaram o máximo que puderam, mas foram presos e três dias depois, sentenciados à prisão perpétua. Grande parte de Jayuya foi destruída e o incidente não foi coberto corretamente pela imprensa dos EUA – tendo até mesmo o presidente norte-americano dizendo que foi “um incidente entre porto-riquenhos”. Celia Sanchez A maioria das pessoas conhece Fidel Castro e Che Guevara, mas poucas ouviram falar de Celia Sanchez, a mulher no coração da Revolução Cubana, onde até mesmo rumores dizem ter sido a principal tomadora de decisões. Após o golpe de 10 de março de 1952, Celia se juntou na luta contra o governo de Fulgencio Batista. Ela foi uma das fundadoras do Movimento 26 de Julho, foi líder dos esquadrões de combate durante toda a revolução, controlou os recursos do grupo e até mesmo organizou o desembarque do Granma, que transportou 82 combatentes de México para Cuba, para derrubar Batista. Depois da revolução, Celia continuou com Castro até sua morte. Kathleen Neal Cleaver Kathleen Neal Cleaver foi uma das integrantes do Partido dos Panteras Negras e a primeira mulher do partido a fazer parte do corpo de “tomadores de decisões”. Ela serviu como porta-voz e secretária de imprensa, organizando também a campanha nacional para libertar o aprisionado ministro da Defesa dos Panteras, Huey Newton. Ela e outras mulheres, como Angela Davis, chegaram em determinado momento a contabilizar dois terços do quadro dos Panteras, apesar da noção de que o partido era majoritariamente masculino. Asmaa Mahfouz Asmaa Mahfouz é uma revolucionária moderna, a quem repousa o crédito de ter inflamado o levante de janeiro de 2011 no Egito, por meio de um vídeo postado na internet, encorajando outros a juntar-se a ela nos protestos naPraça Tahrir. Ela é considerada uma das líderes da Revolução Egípcia e uma proeminente integrante da Coalizão de Jovens da Revolução Egípcia. Tags: Questões de Gênero • revolucionárias Leia a matéria completa em: 10 histórias de mulheres revolucionárias que você não aprendeu na escola - Geledéshttp://www.geledes.org.br/10-historias-de-mulheres-revolucionarias-que-voce-nao-aprendeu-na-escola/#ixzz3pOXWJxVB

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Escola de Caxias do Sul oferece aulas gratuitas de português para imigrantes

Escola de Caxias do Sul oferece aulas gratuitas de português para imigrantes Oficina da Escola Adventista atende, principalmente, senegaleses e haitianos. Hoje, cerca de 20 alunos participam das aulas gratuitas. Fabiano Rodrigues / Divulgação Ciro Fabres ciro.fabres@pioneiro.com.br Desde agosto, a comunidade da Escola Adventista está engajada em uma causa nobre: oferecer aulas de Português para imigrantes. A oficina iniciou com 34 estrangeiros, a maioria vinda do Senegal e Haiti. Hoje, são, em média, 20 alunos. A oficina é oferecida todos os sábados a partir das 15h30min. As aulas duram 90 minutos e são ministradas por duas professoras com formação em Letras: Nínive Magdiel Peter Bovo e Daiane Ávila da Silva. A oficina é gratuita e o material usado nas aulas é fornecido pela instituição. — Notamos a dificuldade de se comunicarem. Muitos falam francês e crioulo e esbarram em questões simples, como formar um currículo. Eles acabam perdendo vagas de trabalho por isso. O retorno deles é muito bom — afirma, o diretor da escola Jéferson Luiz dos Passos. Os interessados em participar das oficinas podem procurar a secretaria da Escola Adventista, na Rua Amazonas, número 1.000, bairro Jardim América. O telefone de lá é (54) 3228.2388. Como nem todos os imigrantes ainda têm acesso direto à informação, é importante que sejam avisados da existência desta oficina gratuita para aprender o português. Destaque Pioneiro Caxias do Sul quinta-feira, 22 de outubro de 2015

sábado, 10 de outubro de 2015

Plano Juventude Viva

Edital seleciona instituições com projetos dedicados a juventude negra SITE Black Brasil Secretaria Nacional de Juventude abre chamada pública voltada a instituições com propostas de ações para jovens em situação de vulnerabilidade social, em especial jovens oriundos do Sistema Socioeducativo e dos Territórios do Plano Juventude Viva. De acordo com o Mapa da Violência 2015, quem mais sofre vítima das agressões e mortes no Brasil são os jovens negros. A partir dessa premissa, a Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) abre chamada pública voltada a instituições com propostas de ações para jovens em situação de vulnerabilidade social, em especial jovens oriundos do Sistema Socioeducativo e dos Territórios do Plano Juventude Viva. O Plano Juventude Viva, encabeçado pela SNJ e Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), reúne medidas de prevenção no intuito de reduzir a vulnerabilidade de jovens negros a situações de violência física e simbólica, a partir da criação de oportunidades de inclusão social e autonomia para os jovens. A Chamada pública tem o objetivo de selecionar propostas oriundas de organizações privadas sem fins lucrativos que tenham por objeto o desenvolvimento e execução de metodologia de acompanhamento especializado para jovens, de 15 a 21 anos. As instituições deverão ofertar atividades esportivas e/ou cultural, capacitação de jovens para o mundo do trabalho, indicação de metodologia de acompanhamento e avaliação. As propostas devem ser feitas até 18 de outubro de 2015 no site do SICOMV. Das 56.804 mortes por homicídio registradas em 2013 no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, 30.213 eram de jovens, representando 53,19% do total. Os dados do Mapa da Violência 2015 apontam que os jovens representam 54,8% da população encarcerada. Desses, 60,8% são negros. Fonte: Seppir

CARTA MANIFESTO DA COMUNIDADE SETE DE SETEMBRO QUILOMBO DOS MACHADO /PORTO ALEGRE-RS

MNU/RS Onir Araujo compartilhou a própria publicação. 17 de setembro de 2015 às 11:58 CARTA DA COMUNIDADE SETE DE SETEMBRO/QUILOMBO DOS MACHADO- PORTO ALEGRE/RS RESISTIREMOS CONTRA O DESPEJO ! Somos 219 Famílias, estando entre nós um núcleo de 40 famílias Quilombolas, que lutamos, por nossos ancestrais e por nossos(as) filhos(as) e netos(as) a viver nesse território.... Não tememos mais as balas e muito menos o poder da caneta do Colonizador/Racista. Aqueles que querem nos despejar , que negam o nosso Direito a existência, que tratam a grave crise social e os Direitos Básicos , entre eles o de Moradia, o da Demarcação dos Territórios Quilombolas e Indígenas, como caso de Polícia saibam que resistiremos. Desde já responsabilizamos o Estado pelos desdobramentos de um eventual despejo. Pela Desapropriação por Interesse Social e Regularização Fundiária da Comunidade Sete de Setembro. Pela Titulação Já do Território Quilombola da Família Machado. Pela suspensão das liminares de Reintegração de Posse. COMUNIDADE SETE DE SETEMBRO/QUILOMBO DOS MACHADO Porto Alegre, 16 de setembro de 2015

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

‘Ato racista deve ser combatido’, diz Coletivo Negro do Mackenzie

Publicado há 14 horas - em 8 de outubro de 2015 » Atualizado às 8:50 Categoria » Afro-brasileiros e suas lutas Banheiro da Faculdade de Direito foi pichado com frase racista. Alunos afirmam que ato é reflexo de ‘pensamento elitista e opressor’. Por Anne Barbosa, do G1 Os integrantes do Coletivo Negro da Universidade Presbiteriana Mackenzie divulgaram uma nota de repúdio nesta quarta-feira (7) em sua página no Facebook contra a pichação racista em um banheiro da Faculdade de Direito da universidade, em São Paulo. “O ato racista ocorrido dentro do campus de Higienópolis deve ser ferozmente combatido por todas as esferas que compõem a estrutura acadêmica. Entende-se que as palavras descritas em banheiros nada mais é que um reflexo do pensamento elitista e opressor da sociedade”, afirma a nota. A pichação foi descoberta pela Direção da Faculdade no final da tarde desta terça-feira (6) e foi divulgada nas redes sociais. A citação diz que “Lugar de negro não é no Mackenzie. É no presídio.” Em nota, a universidade afirma que repudia qualquer ato, ação ou manifestação de cunho racista em seu ambiente (veja nota na íntegra abaixo). O coletivo pede que a reitoria da universidade e o Instituto Mackenzie tomem atitudes concretas contra esse tipo de ato. “Nós, como Coletivo Afromack, formado por alunas e alunos afrodescendente de cursos distintos dessa instituição, não ficaremos passivos e omissos frente a qualquer demonstração pública ou velada de opressão ligada ao nosso fenótipo ancestral”, diz. O Mackenzie ainda não sabe quem é o responsável pelo ato, mas informa que já foi feita denúncia aos órgãos e instâncias responsáveis pela apuração. Foi instaurado procedimento interno para apuração dos fatos e possível identificação de autoria. “Nossa história de ampliação de liberdades e construção de oportunidades nos impõe a reafirmação permanente do nosso compromisso com a defesa dos Direitos e garantias Individuais e Coletivos, com o bem-estar do nosso povo e o repúdio a atos discriminatórios de quaisquer naturezas”, diz o texto. Tamires Gomes Sampaio, primeira negra a assumir a diretoria do Centro Acadêmico do curso de Direito da universidade paulistana Mackenzie, repudiou o ato racista em um post no seu perfil no Facebook. “É difícil pra mim, como estudante negra, desse mesmo prédio, escrever sobre essa imagem, porque ela é a representação do pensamento racista que eu sei que passa na cabeça de muitos que permeiam pelo Mackenzie”, disse. Segundo a universidade, Tamires deixou o cargo de diretora do Centro Acadêmico em maio deste ano. Em agosto, alunos divulgaram mais um caso de racismo (Foto: Reprodução de Redes Sociais) Outro caso Esse não foi o único caso de racismo envolvendo a Universidade Presbiteriana Mackenzie. Em agosto desse ano, alunos divulgaram nas redes sociais fotos de outra pichação em um complexo de restaurantes próximo à universidade. A pichação dizia “O Mack não deveria aceitar nem negros, nem nordestinos”. A universidade informou que não registrou outros casos de racismo dentro do campus. Leia a matéria completa em: 'Ato racista deve ser combatido', diz Coletivo Negro do Mackenzie - Geledés http://www.geledes.org.br/ato-racista-deve-ser-combatido-diz-coletivo-negro-do-mackenzie/#ixzz3o22dAYa8 Follow us: @geledes on Twitter | geledes on Facebook

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

DENUNCIE A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

A Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SPM), oferece um serviço chamado Central de Atendimento à Mulher: Ligue 180, com o objetivo de receber denúncias ou relatos de violência, reclamações sobre os serviços da rede e de orientar as mulheres sobre seus direitos e sobre a legislação vigente, encaminhando-as para outros serviços quando necessário. Fonte: Observatório de Gênero

ONGs pelos direitos das mulheres querem maior orçamento para novo ministério

segunda-feira, 5 de outubro de 2015 geledes.org.br Publicado há 2 dias - em 4 de outubro de 2015 » Atualizado às 9:34 Categoria » Questões de Gênero A presidenta Dilma Rousseff anunciou hoje (2) a criação do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos dentro da reforma administrativa feita pelo governo. Após a junção das secretarias de Direitos Humanos, de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e de Políticas para Mulheres em uma única pasta, os movimentos sociais que atuam em favor dos direitos humanos e igualdade racial e de gênero pedem um orçamento maior para a sustentação e implementação de políticas públicas. Por Andreia Verdélio, do EBC Segundo Jacira Melo, diretora executiva do Instituto Patrícia Galvão, organização voltada à comunicação e direitos das mulheres, as três secretarias têm um orçamento de cerca de R$ 250 milhões. “Isso é muito pouco em um país constituído de 50% de mulheres e 52% de negros. Não podemos conviver com esse orçamento, o ajuste não pode ser somente corte”, disse. A coordenadora da ONG Crioula, Jurema Werneck, criticou a junção. “Isso demonstra que o governo federal ainda não entendeu seu dever de enfrentar as desigualdades e nem sabe como fazer. Juntar tudo pode não atender a nenhuma das perspectivas e desmantelar o que já estava sendo montado. Foi um erro, uma traição do pacto que eles fizeram com o campo democrático popular na construção de mecanismos capazes de reduzir desigualdades”, disse. A atual ministra da Seppir, Nilma Lino Gomes, ficará à frente da nova pasta. Para Jacira, do Instituto Patrícia Galvão, apesar de a junção não ser positiva, a escolha de uma mulher e uma mulher negra para o comando do ministério é simbólica e, politicamente, de grande importância. Manter os nomes das antigas secretarias no ministério também foi uma conquista para a diretora. “As políticas para as mulheres, para igualdade racial e para os direitos humanos não foram invenções de nenhum governo, são frutos de lutas históricas dos movimentos sociais brasileiros. Não poderíamos diluir como cidadania [nome cotado para o novo ministério], não poderíamos perder essa denominação histórica, que, a nosso ver, significa um alargamento da democracia”, disse Jacira. O ministério terá uma Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres, comandada por Eleonora Menicucci; uma Secretaria Nacional de Igualdade Racial, dirigida por Ronaldo Barros; e uma Secretaria Nacional de Direitos Humanos, liderada por Rogério Sottili. Tags: Questões de Gênero

sábado, 3 de outubro de 2015

O TEXTO DA RESPOSTA DO CHEFE SEATLE

Cacique Tatonka Yotanka (Touro Sentado)- 1882 Presidente dos Estados Unidos Franklin Pierce- 1858 NO ANO DE 1854, O PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS FEZ À UMA TRIBO INDÍGENA A PROPOSTA DE COMPRAR GRANDE PARTE DE SUAS TERRAS OFERECENDO, EM CONTRAPARTIDA, A CONCESSÃO DE UMA OUTRA"RESERVA". O TEXTO DA RESPOSTA DO CHEFE SEATLE, DISTRIBUÍDO PELA ONU (PROGRAMA PARA O MEIO AMBIENTE) E AQUI PUBLICADO, TEM SIDO CONSIDERADO, ATRAVÉS DOS TEMPOS, COMO UM DOS MAIS BELOS E PROFUNDOS PRONUNCIAMENTOS JÁ FEITOS A RESPEITO DA DEFESA DO MEIO AMBIENTE. Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa ideia nos parece estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como é possível comprá-los? Cada pedaço desta terra é sagrado para o meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência do meu povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho. Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem quando vão caminhar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta bela terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela faz parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia, são nossos irmãos. Os picos rochosos, os sucos úmidos nas campinas, o calor do corpo do potro, e o homem - todos pertencem a mesma família. Portanto, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, pede muito de nós. O Grande Chefe diz que nos reservará um lugar onde possamos viver satisfeitos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, nós vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra. Mas isso não será fácil. Esta terra é sagrada para nós. Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem ensinar as suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz dos meus ancestrais. Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são nossos irmãos, e seus também. E, portanto, vocês devem dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão. Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção de terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem a noite e extrai da terra aquilo que necessita. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, e quando ele a conquista, prossegue seu caminho. Deixa pra trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa. A sepultura de seu pai e os direitos de seus filhos são esquecidos. Trata sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas que possam ser compradas, saqueadas, vendidas como carneiros ou enfeites coloridos. Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto. Eu não sei, nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e não compreenda. Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas a primavera ou o bater das asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído parece somente insultar os ouvidos. E o que resta da vida se um homem não pode ouvir um choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, a noite? Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmúrio do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros. O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro - o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro. Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao mau cheiro. Mas se vendermos nossa terra ao homem branco, ele deve lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar compartilha seu espírito com toda vida que mantém. O vento que deu a nosso avô seu primeiro inspirar também recebeu seu último suspiro. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem mantê-la intacta e sagrada, como um lugar onde até mesmo o homem branco possa ir saborear o vento açucarado pelas flores dos prados. Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo qualquer outra forma de agir. Vi um milhar de búfalos apodrecendo na planície, abandonados pelo homem branco que os alvejou de um trem ao passar. Eu sou um selvagem e não compreendo como é que o fumegante cavalo de ferro pode ser mais importante que o búfalo, que sacrificamos somente para permanecer vivos. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais se fossem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Há uma ligação em tudo. Vocês devem ensinar as suas crianças que o solo a seus pés, é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo. Ensinem as suas crianças, o que ensinamos as nossas, que a terra é nossa mãe. Tudo que acontecer a terra, acontecerá aos seus filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos. Isto sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem pertence a terra. Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo. O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo. Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente, iluminados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu o domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Este destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam exterminados, os cavalos bravios sejam todos domados, os recantos secretos da floresta densa impregnados do cheiro de muitos homens, e a visão dos morros obstruída por fios que falam. Onde está o arvoredo? Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu. É o final da vida e o início da sobrevivência. Cacique Tatonka Yotanka (Touro Sentado)- 1882 Presidente dos Estados Unidos Franklin Pierce- 1858 NO ANO DE 1854, O PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS FEZ À UMA TRIBO INDÍGENA A PROPOSTA DE COMPRAR GRANDE PARTE DE SUAS TERRAS OFERECENDO, EM CONTRAPARTIDA, A CONCESSÃO DE UMA OUTRA"RESERVA". O TEXTO DA RESPOSTA DO CHEFE SEATLE, DISTRIBUÍDO PELA ONU (PROGRAMA PARA O MEIO AMBIENTE) E AQUI PUBLICADO, TEM SIDO CONSIDERADO, ATRAVÉS DOS TEMPOS, COMO UM DOS MAIS BELOS E PROFUNDOS PRONUNCIAMENTOS JÁ FEITOS A RESPEITO DA DEFESA DO MEIO AMBIENTE. Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa ideia nos parece estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como é possível comprá-los? Cada pedaço desta terra é sagrado para o meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência do meu povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho. Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem quando vão caminhar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta bela terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela faz parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia, são nossos irmãos. Os picos rochosos, os sucos úmidos nas campinas, o calor do corpo do potro, e o homem - todos pertencem a mesma família. Portanto, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, pede muito de nós. O Grande Chefe diz que nos reservará um lugar onde possamos viver satisfeitos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, nós vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra. Mas isso não será fácil. Esta terra é sagrada para nós. Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem ensinar as suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz dos meus ancestrais. Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são nossos irmãos, e seus também. E, portanto, vocês devem dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão. Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção de terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem a noite e extrai da terra aquilo que necessita. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, e quando ele a conquista, prossegue seu caminho. Deixa pra trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa. A sepultura de seu pai e os direitos de seus filhos são esquecidos. Trata sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas que possam ser compradas, saqueadas, vendidas como carneiros ou enfeites coloridos. Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto. Eu não sei, nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e não compreenda. Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas a primavera ou o bater das asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído parece somente insultar os ouvidos. E o que resta da vida se um homem não pode ouvir um choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, a noite? Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmúrio do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros. O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro - o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro. Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao mau cheiro. Mas se vendermos nossa terra ao homem branco, ele deve lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar compartilha seu espírito com toda vida que mantém. O vento que deu a nosso avô seu primeiro inspirar também recebeu seu último suspiro. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem mantê-la intacta e sagrada, como um lugar onde até mesmo o homem branco possa ir saborear o vento açucarado pelas flores dos prados. Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo qualquer outra forma de agir. Vi um milhar de búfalos apodrecendo na planície, abandonados pelo homem branco que os alvejou de um trem ao passar. Eu sou um selvagem e não compreendo como é que o fumegante cavalo de ferro pode ser mais importante que o búfalo, que sacrificamos somente para permanecer vivos. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais se fossem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Há uma ligação em tudo. Vocês devem ensinar as suas crianças que o solo a seus pés, é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo. Ensinem as suas crianças, o que ensinamos as nossas, que a terra é nossa mãe. Tudo que acontecer a terra, acontecerá aos seus filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos. Isto sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem pertence a terra. Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo. O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo. Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente, iluminados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu o domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Este destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam exterminados, os cavalos bravios sejam todos domados, os recantos secretos da floresta densa impregnados do cheiro de muitos homens, e a visão dos morros obstruída por fios que falam. Onde está o arvoredo? Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu. É o final da vida e o início da sobrevivência. caxiaspormancuso.blogspot.com

Senegalês tem o corpo queimado enquanto dormia em Santa Maria

13/09/2015 - 15h14min | Atualizada em 14/09/2015 - 17h09min CompartilharE-mailGoogle+TwitterFacebook 'Meus amigos brasileiros me queimaram', disse senegalês atacado em Santa Maria Cheikh Oumar Foutyou Diba, 25 anos, pediu ajuda em uma padaria depois de ser assaltado. O colchão onde ele dormia foi queimado Cheikh foi atendido pelos bombeiros e encaminhado para a UPAFoto: Matheus Cavalheiro / Arquivo pessoal O grupo Direitos Humanos e Mobilidade Humana Internacional (Migraidh), da UFSM, assumiu os cuidados pela saúde e bem-estar de Cheikh Oumar Foutyou Diba. Por volta das 8h30 min de sábado, o jovem senegalês de 25 anos foi vítima de um assalto e teve parte do corpo incendiado, enquanto dormia, na Avenida Rio Branco, na área central de Santa Maria. Senegalês tem o corpo queimado enquanto dormia em Santa Maria Três homens que o atacaram colocaram fogo no colchão do rapaz, que sofreu queimaduras nas pernas e em um dos braços. Os suspeitos fugiram, levando uma maleta com as bijuterias que ele costuma vender pelas ruas da cidade, R$ 500 e os tênis que ele usava. De acordo com Lidiane Silveira Rocha, funcionária da Padaria Shalom, localizada na Avenida Rio Branco, Diba procurou o local para comer. Devido às queixas de dor e ao choro do jovem, ela e outras funcionárias perceberam que ele estava machucado. Dioneia Beck, proprietária do estabelecimento, tentou ajudar Diba com medicamentos para dor e com comida. Mas, ao perceberem que as queimaduras eram graves, elas entraram em contato com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e foram informadas que eles não atendiam a esse tipo de ocorrência, sem gravidade. O passo seguinte foi ligar para a Brigada Militar (BM), onde atendentes acionaram o Corpo de Bombeiros. Em seguida, o imigrante foi levado para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), onde recebeu os curativos necessários. À Lidiane, Diba disse "meus amigos brasileiros me queimaram".