quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Duas pessoas morrem de AVC por dia na região

No Estado, a enfermidade é responsável pela média de 35 internações diárias pelo Sistema Único de Saúde Tonturas, cefaleia, vômitos, perda da força muscular e da sensibilidade de um lado do corpo são alguns dos sintomas da segunda enfermidade mais letal para idosos em todo o mundo. Mas, além de atingir e causar óbito nesta faixa etária, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) também afeta pessoas mais jovens e pode provocar uma série de sequelas. Na região, o AVC foi responsável por duas mortes a cada dia em todo o ano de 2013, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Hoje, é celebrado o Dia Mundial de Combate à enfermidade, data que volta as atenções para a prevenção em todas as fases da vida. Conforme a médica neurologista Carla Helisa Calcagnotto, os principais fatores de risco do AVC são idade, raça, hereditariedade, hipertensão arterial sistêmica, diabete melito, dislipidemia, arritmia cardíaca, uso de álcool e tabagismo. "Para minimizar as chances de ter um AVC é importante adotar hábitos de vida saudáveis,. Evitar o consumo regular de bebidas alcoólicas, não fumar, praticar atividade física regularmente e realizar consultas médicas clínicas periódicas", destaca. Em todo o mundo, o ataque atinge aproximadamente 16 milhões de pessoas todos os anos. Segundo projeções baseadas nos dados do Ministério da Saúde, cerca de 60% dos quase 285 mil brasileiros acometidos pela enfermidade sobrevivem. Destes, quase 50% desenvolvem alguma sequela. Só no Rio Grande do Sul, em 2014, foram mais de 13 mil casos de internação decorrentes do ataque registrados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em média 35 por dia. Dica é evitar os fatores de risco Um dos principais fatores que pode levar a um AVC é a presença de hipertensão arterial sistêmica. Para identificá-la, são recomendados exames laboratoriais de glicemia de jejum, colesterol e triglicerídeos. Conforme a médica neurologista Carla Helisa Calcagnotto, a prevenção das doenças cerebrovasculares consiste na identificação e correção dos fatores de risco, ou seja, controle da hipertensão arterial sistêmica, tratamento de cardiopatias, controle dos níveis de colesterol, triglicerídeos e glicemia, evitar o fumo, alcoolismo, estresse, obesidade e sedentarismo. "Existem fatores de risco não tratáveis, como a idade, o sexo, a raça e a hereditariedade. Mas há hábitos que precisam ser adotados ao longo de toda a vida para evitar o AVC, como não fumar, não fazer uso regular de bebida alcoólica, realizar atividade física regularmente, controlar a dieta alimentar e evitar o consumo excessivo de sal, açúcar e gordura". orienta. SEQUELAS PODEM VARIAR Muitas pessoas ficam com sequelas após sofrer um AVC. Cada efeito vai variar de acordo com a localização da lesão isquêmica ou hemorrágica. Conforme Carla Helisa Calcagnotto, as sequelas mais comuns são perda de força muscular ou sensibilidade em um lado do corpo, dificuldade para articular ou expressar a fala, crises epilépticas e dificuldade de deglutição. "O tratamento eficaz depende da agilidade na identificação dos sintomas. A precocidade do tratamento inicial minimiza a sequela neurológica", explica. Conforme a médica neurologista Carla Helisa Calcagnotto, a prevenção das doenças cerebrovasculares consiste na identificação e correção dos fatores de risco, ou seja, controle da hipertensão arterial sistêmica, tratamento de cardiopatias, controle dos níveis de colesterol, triglicerídeos e glicemia, evitar o fumo, alcoolismo, estresse, obesidade e sedentarismo. Apoio da família Em junho deste ano, enquanto assistia a uma missa, Dali Natal (na foto, com a esposa), 86 anos, teve o primeiro sintoma de AVC. Hipertenso, ele começou a sentir uma dormência no lado direito do corpo e foi atendido por uma ambulância. Poucos dias depois, teve todo o lado direito do corpo paralisado, decorrente de um AVC isquêmico. Após quatro meses, ele já apresenta sinais de melhora, conseguindo dar passos com auxilio de um andador, graças às sessões de fisioterapia. Sua filha Sonia Regina Natal, 57 anos, é técnica em enfermagem, e destaca que o apoio da família é fundamental para a recuperação. "É preciso ter murta paciência, carinho e atenção", comenta a filha SAIBA MAIS Para saber se alguém está sofrendo um AVC, é preciso pedir que a pessoa sorria, levante os dois braços e diga uma frase simples. Caso o sorriso fique torto, um dos braços caia e ela não consiga repetir a frase, não necessariamente os três sintomas, provavelmente esta pessoa está sofrendo um AVC e deve ser encaminhada imediatamente para um hospital. Fonte: Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) TIPOS Existem duas formas de AVC e cada uma requer um tratamento específico. O tipo mais comum, que responde por 85% dos casos, é o AVC isquêmico (quando há entupimento da artéria por um coágulo). O outro é o hemorrágico, presente na ruptura de um vaso sanguíneo. Em ambos, a parte do cérebro afetada não recebe o oxigênio necessário e neurõnios começam a morrer. Os sintomas são os mesmos. O tratamento dependerá do tipo de AVC: enquanto o isquêmico requer a dissolução do coágulo com remédios trombolíticos, no hemorrágico esta conduta é contraindicada. Há AVCs mais leves, nos quais os sintomas são quase imperceptíveis, o que leva o paciente a não procurar ajuda médica. Essa atitude é reprovada por especialistas. "É importante procurar tratamento, pois o paciente pode sofrer outro AVC mais forte em decorrência do que não recebeu tratamento", afirma o neurologista Marcel Simis, do Instituto de Medicina Física e de Reabilitação da Universidade de São Paulo (USP). 29/10/2015 Jornal NH Política | Pág. 6 Clipado em 29/10/2015 05:10:46

Nenhum comentário:

Postar um comentário